A Comissão Nacional da Verdade (CNV), órgão temporário criado pela Lei 12.528, de 18 de novembro de 2011, encerrou suas atividades em 10 de dezembro de 2014, com a entrega de seu Relatório Final. Esta cópia do portal da CNV é mantida pelo Centro de Referência Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional.
A Comissão Nacional da Verdade associa-se à família e aos companheiros sindicalistas de José Ibrahin para chorar a sua morte. Ibrahin era o representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT), no grupo de trabalho "Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical", instalado no último dia 15 de abril, durante reunião entre sindicalistas e a CNV em São Paulo.
No próximo dia 6, ele participaria da segunda reunião de trabalho do grupo. Todos os militantes do movimento sindical e dos direitos humanos no Brasil sabem quem foi Ibrahin: ex- presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, um dos líderes da heroica greve geral de Osasco, preso político e depois exilado, em razão de ser um dos combatentes da ditadura, trocado pelo embaixador americano sequestrado, Charles Elbrick.
No exterior, Ibrahin foi um dos organizadores da "Oposição Sindical no Exílio". Jamais parou de militar. Como os membros que integram o colegiado da CNV foi um contemporâneo dos fatos que a comissão investiga. Foi um personagem da época e, hoje, de época. Manteve, entretanto, a generosa vontade dos jovens de construir um mundo melhor. Certamente Ibrahin pedirá a São Pedro que nos abra as portas da verdade e nos impulsione com a sua força.
Rosa Cardoso
Coordenadora do GT Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical
Comissão Nacional da Verdade